sábado, 14 de janeiro de 2012

TEXTO ESCURIDÃO

A escuridão da noite. A lua brilha de forma  suave, parcialmente oculta por uma cortina de fumo que são as nuvens pouco  densas que habitam o céu, como os fantasmas que habitam os meus pesadelos e que  atormentam o meu sono, sendo esse o modo de funcionamento das nuvens ao impedir  as estrelas de mostram a cara nesta noite frio que me engloba. E é nesta  escuridão que a pouca luz da lua ilumina a fraca neblina rasteira, que cobre a  superfície da terra, tocando nela de uma forma suave e carinhosa, envolvendo os  pinheiros a minha volta num abraço tenro, mas gelado, como se da própria Morte  se trata.
No meio desta neblina fraca, rodeado de escuridão estou eu,  sentindo os dedos gelados do Vento Norte a lutar com o meu casaco, tentando  encher o meu coração com o mesmo frio com que ele enche as casas no  Inverno. Percorrendo eu essa gelado floresta, ando em busca, procurando a  eterna luz que me falta na vida e que deixo de iluminar os meus dias, dias que  cada vez parecem mais escuros. E depois de algum tempo tenho que parar, pois  alem do resto, ainda mais um problema para acrescentar aos diversos que já  tenho. Estou perdido. Simplesmente não vejo o caminho. Parado nesta bruma, já a  entrar em pânico, surge um pensamento lá bem do fundo do coração. Eu estou a  procurar a luz no sítio errado. Ela não esta oculta numa floresta escura onde  qualquer um se pode perder. Mas sim, num local ainda mas escondido, e mais  difícil de encontrar, onde apenas uma pessoa se pode perder. A luz esta  enterrada nas profundezas da minha alma.
É com este pensamento definido que  eu chego a conclusão que Tu és a minha luz, e com os teus gestos Tu demonstras  que te preocupas comigo, e que os amigos verdadeiros são as estrelas do nosso  céu sempre lá para nos guiar, e que a escuridão é uma coisa do nosso fabrico,  apenas presente na nossa alma, que nos impede de ver as estrelas apenas porque  nos queremos. Contigo no meu pensamento encontro o caminho para fora da floresta  escura, de volta ao campo, onde a lua continua a brilha, eternamente ignorante  da escuridão pela qual acabei de atravessar. Por Pequenos Textos: Escuridão de Marcio Peralta

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