
No meio desta neblina fraca, rodeado de escuridão estou eu, sentindo os dedos gelados do Vento Norte a lutar com o meu casaco, tentando encher o meu coração com o mesmo frio com que ele enche as casas no Inverno. Percorrendo eu essa gelado floresta, ando em busca, procurando a eterna luz que me falta na vida e que deixo de iluminar os meus dias, dias que cada vez parecem mais escuros. E depois de algum tempo tenho que parar, pois alem do resto, ainda mais um problema para acrescentar aos diversos que já tenho. Estou perdido. Simplesmente não vejo o caminho. Parado nesta bruma, já a entrar em pânico, surge um pensamento lá bem do fundo do coração. Eu estou a procurar a luz no sítio errado. Ela não esta oculta numa floresta escura onde qualquer um se pode perder. Mas sim, num local ainda mas escondido, e mais difícil de encontrar, onde apenas uma pessoa se pode perder. A luz esta enterrada nas profundezas da minha alma.
É com este pensamento definido que eu chego a conclusão que Tu és a minha luz, e com os teus gestos Tu demonstras que te preocupas comigo, e que os amigos verdadeiros são as estrelas do nosso céu sempre lá para nos guiar, e que a escuridão é uma coisa do nosso fabrico, apenas presente na nossa alma, que nos impede de ver as estrelas apenas porque nos queremos. Contigo no meu pensamento encontro o caminho para fora da floresta escura, de volta ao campo, onde a lua continua a brilha, eternamente ignorante da escuridão pela qual acabei de atravessar. Por Pequenos Textos: Escuridão de Marcio Peralta
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